Sua imagem que outrora era imaculada
Hoje aparece em minha retina enfadada
Borrada de tantas lagrimas já derramadas
Em nossos instantes fabricados
Pois certo de que meus ais não terão
Reverberacia em seu sofrer
Sua imagem que outrora era imaculada
Hoje aparece em minha retina enfadada
Borrada de tantas lagrimas já derramadas
Em nossos instantes fabricados
Pois certo de que meus ais não terão
Reverberacia em seu sofrer
Reto como uma curva
Seco como um açude
Calmo como a agonia
Leve tanto quanto pesado
A consciência paira, voa,
Vai e vem
Percalços em minha estrada normais são
Longas estradas, entediado.
Percorro caminhos já trilhados
Sem saber que brinde me espera no fim
Por que o acaso é o acaso
Sempre! Do início ao fim.
Só pro isso eu bazofeio
Só por isso eu vim
Eu não quero saber qual é o fim.
Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
De repente eu me vi assim, completamente seu
Eu vi a minha força amarrada no seu passo
Sem você não há caminho, nem me acho
Eu vi um grande amor gritar dentro de mim,
como eu sonhei um dia
Quando o meu mundo era mais mundo
todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, carinho, calma e alegria
No meu jeito de me dar
Quando a minha voz se fez mais forte e mais sentida
A poesia fez folia em minha vida
Você veio me falar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Só quero que você se encontre
Saudade até que é bom
Melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom
Que eu tenho em mim
Não tem desespero não
Você me ensinou milhões de coisas
Eu tenho um sonho em minhas mãos
E amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz
Tudo era apenas uma brincadeira
E foi crescendo, crescendo, me absorvendo
E de repente eu me vi assim, completamente seu
Eu vi a minha força amarrada no seu passo
Sem você não há caminho, nem me acho
Eu vi um grande amor gritar dentro de mim,
como eu sonhei um dia
E quando o meu mundo era mais mundo
todo mundo admitia
Uma mudança muito estranha
Mais pureza, carinho, calma e alegria
No meu jeito de me dar
Quando uma canção se fez mais forte e mais sentida
A poesia fez folia em minha vida
E você...
Com outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
Saudade até que é bom
É melhor que caminhar vazio
A esperança é um dom
Que eu tenho em mim
Não tem desespero não
Você me ensinou milhões de coisas
Eu tenho um sonho em minhas mãos
Amanhã será um novo dia
Certamente eu vou ser mais feliz
Peninha
E o ciclo se fechou... como em uma gestalt aberta
* Adiantamento
"Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objectiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
Ah ... O porvir. Nunca fui mesmo daqueles que fazem tudo hoje e não deixam nada pro amanha. Seja pela incerteza ou pelo afã de tudo fazer. Com essas pouco pareço.
Quando da necessidade de alocar um sentimento de angustia, a colocação da saudades de quando criança era e da pífia inépcia de levar uma vida pragmática. Pessoa o escreve de forma ímpar.
Ora pra que tentar urdir um futuro
“(...)Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Deixa a vida me levar (vida leva eu)
Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu(...)” Zeca PagodinhoMas Nunca se esqueça. "Os Deuses vendem quando dão"